quarta-feira, 21 de julho de 2010

Madrugada Insone - I

Altas horas da madrugada, uma novidade por muitos conhecida chamava a atenção na favela A. Ao lado de uma vala de esgoto aberta, Roni permanecia estirado e imóvel sobre o capim molhado pelo sereno. Estava quase nu, permanecendo somente as cuecas e as meias. No rosto, o inchaço em seu olho esquerdo parecia uma pequena beringela; a cartilagem de seu nariz pendia um pouco para o lado, fazendo conjunto com outros ferimentos de todos os tipos e tamanhos.

Acordou com as cócegas que o rabo de uma rato gordo lhe fizera na face machucada. A dor que sentia em seu corpo motivou um grito que morreu na origem, porque não conseguiu mover a mandíbula quebrada. Totalmente desnorteado, não sabia onde estava ou como havia chegado ali, permanecendo somente o instinto. E por conta deste, correu entre o casario alerta para sumir na escuridão.

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